Blog sobre promessas brasileiras que saem do país para jogar na base de clubes estrangeiros.
Existe vida além dos Alcântara, no Barça, e o BrdaBase mostra isso em conteúdo único.
Com um gol de Deni Milosevic - sérvio que defende a Bélgica - os Diabos Vermelhos venceram o Azerbaijão, por 1 a 0 e embolou o grupo 7 das Eliminatórias Europeias sub-17. Eri, filho de pais pernambucanos, que também defende os belgas entrou no segundo tempo, no lugar de Tuur Dierckx.
Com a vitória, o país conquista seus primeiros pontos na chave. Ucrânia, Rússia, Azerbaijão e Bélgica estão todas com três pontos cada. A próxima rodada, que será realizada no dia 30, os belgas encaram os croatas. As duas primeiras seleções de cada grupo passam à fase seguinte, bem como as duas melhores terceiras colocadas.
Na derrota para a Ucrânia, na primeira rodada, por 2 a 0, o brasileiro Erivelton começou como titular e saiu no intervalo de jogo para a entrada do meia ofensivo Siebe Schrijvers. Em competições da UEFA, foi a estreia, no entanto o garoto já havia disputado alguns torneios locais e alguns amistosos.
Pelo Campeonato Europeu sub-17, Portugal, dos brasileiros Guzzo e Lopes, venceu a Finlândia, por 2 a 1. Em jogo válido pela segunda rodada da competição. Os gols foram marcados por Luis Rafael e Tomás Podstawski. Jerry Voutilainen, descontou.
Marcos Lopes que fez sua estreia em competições da UEFA, na primeira rodada, não entrou, já Raphael Guzzo entrou no segundo tempo, no minuto 62', no lugar do meia Raul. Lembrando, no sub-17 Europeu assim como na maioria dos lugares no Brasil, nesta categoria são dois tempos de 40'.
Com a vitória, os portugueses estão na primeira colocação do grupo 2 ao lado da Rússia, que soma o mesmo número de pontos, 4. Finlândia e Romênia, com 1 ponto, completam o grupo. No dia 29, o time dos brasileiros que defendem a seleção europeia encara a Romênia, no estádio João Cardoso.
Depois de três anos na Itália, divididos entre Brescia e Verona, o brasileiro Emerson Marcelino está de volta ao país. Natural de Imbituba, em Santa Catarina, o jogador não teve seu contrato renovado e está em sua terra natal aproveitando o tempo com a família. Antes de chegar a Imbituba, o jovem quase acertou com o Grêmio.
"Como minha transferência da Europa vem só em janeiro não acertei nada com o clube, mas fui lá no Grêmio fiz um treino, o pessoal gostou de mim. Só que esse problema da documentação atrapalhou as coisas", disse ao BRdaBase.
Emerson nasceu em 91 e joga como volante. Chegou a estrear no profissional do Verona, na última temporada. O jovem começou a carreira na Casa Lar, de Santa Catarina, onde atuou por quatro anos. De lá foi para o Juventude, do Paraná, onde ficou por cinco meses.
Depois de Andreas Pereira e Danilo Campos encontramos mais um brasileiro na seleção belga de base. E já na próxima semana tem desafios importantes pelo Europeu sub-17. Pelo grupo 7, a Bélgica encara Ucrânia, Croácia e Azerbaijão. Titular na seleção e prodígio no país, Eri é mais um brasileiro que nunca jogou no Brasil.
Nascido e criado na Bélgica, Eri da Silva é filho de pais pernambucanos. Com um bom francês e um português leigo, o jovem vem de uma família de atletas na própria Bélgica. O tio, Edmilson, jogou no Sport, de Recife, e no Sampaio. Depois veio para a Bélgica juntamente o irmão, pai de Eri. Ex-atacante defendeu o Seraing, então na primeira divisão, primeiro clube de Eri na Europa. O pai, Edson, jogou também por esta equipe.
Eri atuando com a camisa do Genk
Puxando o gene do tio, Eri também é atacante. Com força, rapidez e de boa movimentação, o jovem marcou mais de 20 gols na temporada passada - e primeira - pelo Genk. Ainda não treinou com a equipe principal, mas é candidato forte a subir ainda neste ano. Embora não tenha jogado no time de cima, o atacante é presença constante nos treinos do sub-21 e sub-19.
Erivelton Paulo da Silva, ou Eri, é admirador do futebol de alguns brasileiros como Kaká, Ronaldo Fenômeno e o Hulk. E onde joga, gosta muito do Jelle Vossen, atacante do Genk.
Com a 17, na Seleção da Bélgica sub-16
Localizado entre a Antuérpia e Liege, a cidade carrega o nome do time. Campeão ano passado da Jupiler League, o KRC Genk possui uma estrutura de dar inveja a muito clube europeu. São 7 campos destinados a base até a categoria sub-19, e mais um para o sub-21 e outro para o profissional. Com academia e o estádio ao lado. Todas as categorias treinam juntas.
A estreia na seleção foi duplamente especial, primeiro pela estreia, em si, e segundo por ter marcado um gol, no jogo contra a França, no dia 24 de janeiro de 2011, pelo selecionado sub-16. Ao todo já são mais de 15 partidas e quatro gols marcados. O primeiro, contra os Bleus, depois Estônia, Espanha e Montenegro. Veja o vídeo.
Nome: Erivelton Paulo da Silva
Posição: atacante Clube: Genk (BEL) Data de nascimento: / /95
Liédson, Pepe e Deco são alguns dos brasileiros que já jogaram pela seleção de Portugal. E não é apenas no profissional que existem esses casos. Na base há outro nome trilhando este caminho. Convocado pela seleção sub-16, no mês passado, Raphael Guzzo mora há vários anos em terras lusitanas e é um dos destaques da base do Benfica.
Diferente do jogadores supracitados, Guzzo nunca jogou por nenhum time no Brasil. Nasceu em São Paulo, e foi ainda bebê para Portugal. A família do pai, parte é de Americana, e da mãe, parte é de Santo André.
O início de carreira do atleta foi jogando num pequeno clube chamado Flaviense. Atuou por dois anos, dos oito até os 10. Até que parou para se dedicar apenas ao tênis. Ficou um ano e meio sem jogar até voltar para atuar no GD Chaves, principal clube da cidade onde vive. No primeiro ano pelo clube local, foi chamado para participar de uma captação no Benfica.
Guzzo se saiu muito bem no treino, e logo o pessoal do clube queria que o atleta ficasse, porém o jovem achava que ainda não estava preparado e que era muito cedo. Depois de uma temporada que o atleta voltou e se apresentou aos Encarnados.
Há muito tempo vivendo em Portugal, a convocação para a Seleção era apenas uma questão de tempo. A primeira foi em novembro do ano passado. Hoje, já supera 15 internacionalizações, tendo marcado, inclusive um "golo". Já participou de torneios importantes na França, Inglaterra e Áustria.
Meio campista versátil, joga em qualquer posição. Já atuou como médio defensivo, porém gosta de jogar mais a frente, atrás dos atacantes servindo com assistências e armando o jogo ofensivo. Tem bom passe, visão de jogo e inteligência.
Desde os treze anos no Seixal, hoje nos juvenis, já foi campeão nacional sub-15, campeão distrital sub-16, e na última temporada foi campeão com o sub-17, estando no primeiro ano, mas não participou efetivamente. Jogou apenas um jogo. Na sua categoria há outro brasileiro, chamado John. Nesta "época", Guzzo jogou seis vezes e marcou quatro gols.
Nome: Raphael Gregório Guzzo
Posição: meia Clube: Benfica (POR) Data de nascimento: / /95
vídeo: Guzzo, com a 8, em amistoso contra a Inglaterra sub-17
Depois de um bom paulista sub-15, com o Rio Claro, veio um passaporte para Portugal. Levado por um dos principais grupos do futebol português, o Gestifute, Ademir passou anos no Benfica. Teve bons momentos, chegou a ser titular em várias oportunidades, mas depois voltou. Hoje, no Palmeiras sub-20, o meia conversou rapidamente com o BrdaBase, confira:
BRdaBase - Como você chegou ao clube português? Quem te levou?
Depois ter jogado bem pelo Rio Claro, o Paulista sub-15, foi levado pela empresa Gestifute, do Jorge Mendes para o Benfica.
BRdaBase - A estrutura de Seixal é muito diferente das estruturas dos clubes do Brasil? Muito diferente do Brasil, mais estrutura, alimentação melhor, campos de treino melhor e consequentemente o futebol do atleta fica bem melhor.
BRdaBase - Como é a relação da base com a equipe principal dos Encarnados? Vocês treinam no mesmo lugar, como é?
A relação é muito boa, eles treinavam no mesmo CT que agente e isso é era muito importante para os jogadores da base.
BRdaBase - Como avalia sua experiência no Benfica e qual foi o motivo da saída?
Foi uma experiência maravilhosa aprendi muito com o futebol de lá. Eu saí porque precisava crescer e lá o Benfica já tinha contratado muitos jogadores e resolvi sair.
BRdaBase - Se pudesse fazer algo diferente faria? Tem vontade de retornar?
Hoje eu não sairia do Benfica como sai, mais tenho vontade de retornar mais como um jogador mais conhecido.
BRdaBase - Muito se falam do Alípio Brandão, que tem um futuro promissor. Você que conviveu de perto com ele, o que pode dizer desse garoto?
Ele é bom jogador tem muita qualidade e tem um futuro bom pela frente, vivemos bons momentos no Benfica e desejo que ele se torne um grande jogador.
BRdaBase - E de Diego Lopes, mais novo, outro promissor do clube que ora e outra jogava na sua equipe?
Temos uma boa amizade, ele é um jogador de muita qualidade e o Benfica aposta muito nele e tenho certeza que num curto espaço ele vai chegar lá.
BRdaBase - Além destes dois atletas qual outro brasileiro você apontaria como futuro destaque e por quê? Jean Silva, um jogador de presença de área, força e boa finalização e por isso aposto neste jogador. Tem o Vinicius um aposta por ter passado pela seleção de base do Brasil sub-15.
O Botafogo perdeu o goleiro Marlon (/94) para o futebol português. Segundo informações, o jogador estaria pré-acertado com o Sporting, faltando apenas detalhes da documentação do atleta para oficializar a negociação.
“O Marlon esteve no Sporting, recentemente, foi aprovado, mas por problemas de documentação não se apresenta agora. Se tudo correr bem, quando completar 18 anos, em agosto, oficializamos o negócio. Enquanto isso, ele irá se preparar num clube do Rio”, disse o advogado do atleta Thiago Jorge.
Como se desligou do time carioca para viajar, Marlon voltou para o Rio onde treina juntamente com o elenco principal do Boavista, para a disputa do Carioca 2012, para manter a forma. Assim, no ano que vem, quando completar 18 anos, se apresenta ao time lusitano.
Marlon Chaves Monteiro é carioca nascido no dia 12 de agosto de 1994. Além do Glorioso, passou pelas divisões de base do Vasco e também da Seleção Brasileira.
Conversamos com o goleiro Victor. Natural da Bahia, o jovem passou pelos dois principais clubes do estado, antes de se transferir para Portugal, onde defendeu o Marítimo, por mais de um ano. Confira um bate papo rápido com ele:
BRdaBase: Antes de passar pelo Marítimo você chegou a defender dois clubes no Brasil como foi sua experiência?
Olha no brasil joguei em dois clubes importantes para minha carreira, o E.C.Vitoria e o E.C. Bahia. Por tanto tenho boas lembraças e sei que a minha formação foi na minha terra, na Bahia e tenho que agradecer todos aqueles que me ajudaram nos dois clubes, e graças a Deus e a esses profissionais por estar no nivel que estou.
BRdaBase: No Maritimo, quanto tempo ficou e porque não continuou?
No Maritimo fiquei um ano e 3 meses, cheguei em agosto de 2010, joguei o campeonato português da categoria junior, ficamos em quinto lugar e fui campeão da Taça da Madeira . O fato de eu não ter continuado foi a falta de recursos perante ao clube de manter jogadores estrangeiros no plantel. E o fato de poder apenas 6 jogadores estrangeiros para cada jogo . Esse foi o maior motivo.
BRdaBase: Você morava no alojamento do clube, como foi sua estadia na cidade?
Sim, morava no alojamento do clube, bem confortavel por sinal, a Ilha da madeira é uma coisa de cinema é muito linda e conheci pessoas que são e sempre vão ser especias na minha vida .
BRdaBase: Como é a estrutura do clube? Muito diferente das do Brasil?
O clube tem uma estrutura muito boa, não posso me queixar de nada. E não podemos comparar a estrutura das camadas jovem do Brasil com as de Portugal . São completamente diferentes. Tem coisas que no Brasil é melhor e tem coisas que aqui é melhor .
BRdaBaseTem vontade de voltar a atuar no Brasil?
Sim, mas não agora quero dar o pontapé inicial na minha carreira aqui na Europa e se for da vontade de Deus quem sabe.
BRdaBase: Muita gente é contra sair cedo do país para jogar no estrangeiro. A respeito disso, o que você pensa?
Olha eu penso que se for novo e que tenha um empresario de confiança não vejo problema pois quanto mais cedo melhor pra se adaptar ao novo pais.
Com um português meio enrijecido após 13 anos na Itália, Patrick Bisarello é um dos principais nomes da base do Bologna. O brasileiro nasceu em São Paulo, se mudou para Coronel Fabriciano, em Minas Gerais, e logo foi para a Itália. Já com cidadania italiana, o atleta pensa em apenas defender a Seleção Brasileira, apesar de nunca ter passado por nenhum clube do país.
Atacante de ofício, Patrick se espelha em Cristiano Ronaldo, Neymar e Messi. Na última temporada marcou 15 gols na categoria Allievi Professionisti, equivalente ao primeiro ano de juvenil no Brasil. Nestas duas primeiras rodadas do calcio, o jovem ainda não marcou. Passou em branco, na derrota para o Chievo por 3 a 2, no primeiro jogo, e no empate em 3 a 3 com o Milan, já na categoria Allievi Nazionali, último ano de juvenil.
Bisarello disputa a bola em partida do Bologna
Titular no time dirigido por Francesco Baldini, o clube ainda tem pela frente adversários fortes na base como: Udinese, Internazionale e Atalanta. Patrick é o único estrangeiro na geração 95 do clube. Não mora no alojamento do clube, mas sim com os pais, nos arredores do CT em Monteveglio, onde o clube manda os jogos.
Num centro de treinamentos composto por cinco campos, não há uma interação entre profissional e base, já que o time principal treina em outro local. Entretanto, o brasileiro já participou uma vez do treinamento com o time de cima.
Nome: Patrick Bisarello
Posição: atacante Clube: Bologna (ITA) Data de nascimento: / /95
