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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Entrevista Bruno Costa (Figueirense)*

BrdaBase: O que você acha dos brasileiros saírem cada vez mais cedo?

Bruno Costa: O futebol brasileiro sempre foi referência na formação de atletas.Todos os olhos do mundo estão voltados para cá, então quando querem um atleta de qualidade procuram o Brasil, pela grande diversidade cultural que temos. Temos atletas de todos os biotipos e naturalidades aqui. Se quer um jogador com passaporte e qualidade vai no Sul do Brasil. Um jogador mais técnico tem no Rio de Janeiro. Jogador mais baixo e de velocidade no Nordeste. Jogador de Força e mais competiivo no Sul, o Brasil proporciona tudo isso.

BrdaBase: Como é a postura do Figueirense em relação a empresarios de garotos na base?

Bruno Costa: Na verdade Guilherme, sempre falo isso, quem faz os clubes são as pessoas que comandam. Não é o Inter, Fluminense, Santos, Figueirense. Cada clube tem a postura de quem comanda. Eu sempre fui muito ético e correto com isso. A família do atleta tem livre árbitrio para decidir com quem o filho dela vai ficar, as pessoas que estão no meio sabem quem é quem. Me dou bem com todo mundo e procuro sempre mostrar que todos nós, jogadores, empresários, familiares e profissionais do futebol, precisamos dos clubes fortalecidos, por isso temos que sempre olhar e fortalecer os clubes.

BrdaBase: Pelo que me lembro teve um apenas que foi do Fluminense que saiu quando ainda era da base, chama Vitor Coradini, hoje joga no Red Bull, recorda dele?

Bruno Costa: o Coradini foi dispensado do Fluminense. Ele é 94 do Espirito Santo. Ele não saiu direto do Fluminense para fora. Eu não sabia que ele estava lá no time do Alan.

BrdaBase: O Figueirense já perdeu algum atleta da base para o exterior para jogar na base, ou até mesmo em sua época de Flu?

Bruno Costa: Nunca perdemos atletas, os atletas que sairam foram negociados na minha época do Flu. Wellington silva foi para o Arsenal, Maicon Lokomotiv, Alan para o Red Bull da Austria entre outros.


BrdaBase: O que você acha que os clubes tem que fazer pra acabar com essa saída precoce?

Bruno Costa: Cada local tem a sua forma de pensar, depende de como foi a negociação, qual o retorno que o clube vai ter. O que o clube com relação a esse atletas num futuro próximo terá dentro de seu elenco profissional. Qual a parceria que essa negociação pode trazer. São vários fatores que precisam ser analisados.


BrdaBase: O Figueirense está disputando a Taça BH. Tem medo de alguma investida de algum empresário em algum jogador para levar pra fora antes de chegar ao profissional?

Bruno Costa: Todos atletas que estão aqui possuem contrato profissional com o clube, caso haja interesse em algum atleta, o interessado tem que ir até ao clube e fazer uma proposta. Nosso time está bem na competição foram quatro vitórias em quatro jogos, mostrando a qualidade de nossos atletas.

BrdaBase: Aí que ficam mais de olho em alguma promessa, certo?

Bruno Costa: Todo trabalho de qualidade chama a atenção. O Brasil é um celeiro de jogadores. Eu que rodo o Brasil todo sei disso. Nesse mês de julho estive na Copa 2 de julho, na Bahia, e na Copa Brasil sub 15, no Paraná. Sei como funciona.

BrdaBase: Teve algum problema com relação a empresários nessas competições?

Bruno Costa: Nunca tive problemas em dez anos trabalhando com base. Eles sabem que é quem no meio. Respeitam as pessoas certas pois sabem onde pisam. É aquele famoso ditado respeite para ser respeitado. Como eu sempre respeitei, sempre fui respeitado.


*Bruno Costa já foi supervisor técnico da CBF, já trabalhou nas divisões de base do Fluminense e hoje é coordenador geral da base do Figueirense.

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